Controle Estatístico do Processo e o Estudo de Capabilidade
Capabilidade do processo é um conceito muito importante para os gestores. Sabemos que no mercado competitivo atual, o desafio das organizações é gerar produtos de alta qualidade reduzindo custos e isto não pode ser alcançado sem que haja um estudo focado nos resultados da fábrica, que conhecemos como Controle Estatístico do Processo (CEP). Com o objetivo de manter a qualidade dos produtos, as organizações precisam inspecioná-los e testar todas as suas operações. Tanto máquinas como as pessoas podem deteriorar e apresentar defeitos. À medida que uma máquina vai se desgastando, a capabilidade de seu processo pode degradar a ponto de não suportar a tolerância especificada. Neste artigo iremos abordar a capabilidade do processo.
Um processo é denominado capaz quando, além de estar sobre controle, atende às especificações do cliente. Existem também processos sob controle, mas que são incapazes. Por exemplo, se a embaladora de arroz produzisse sacos com pesos entre 4,90kg e 4,95kg e toda sua produção estivesse contida dentro dos limites, o processo estaria sob controle. Contudo, se a sacaria especificasse que o peso mínimo deveria ser 5,00kg, sendo essa a expectativa do cliente, o processo seria considerado incapaz, pois não atenderia à especificação do cliente.
O estudo de capabilidade do processo quantifica o quão bem um processo produz em conformidade com os requisitos e deste modo, os gestores podem priorizar processos que mais necessitam de melhorias.Se o estudo demonstra que o processo é capaz, então podemos implementar controles para monitorar o processo e reduzir ou eliminar causas de refugos.
A implementação adequada do CEP traz benefícios gritantes na redução de custos pois além de reduzir mão de obra com inspeções desnecessárias irá também reduzir o refugo, retrabalho, devoluções e aumentar a satisfação dos clientes.Ao realizar o estudo de capabilidade do processo podemos ter dois resultados: o processo é capaz ou incapaz. Se incapaz, então procedimentos de inspeção (amostral ou 100%) devem ser implementados.A capabilidade de um processo nos faz entender o passado e prever o futuro.As organizações devem investir constantemente em seus processos e nos recursos que os movem, pois seu desempenho vai refletir na qualidade de seus produtos.
Etapas do estudo de capabilidade
1. Seleção de parâmetros críticos: São os parâmetros definidos em desenhos de engenharia, contratos, instruções de trabalho, etc. Usualmente relacionados ao funcional do produto.
2. Coleta de dados: Um sistema de coleta de dados deve ser estabelecido. Vários fatores devem ser analisados como a produção horária, a demanda, a quantidade de parâmetros analisados, etc. Quanto mais apropriada ao produto e ao processo maior será a acuracidade do resultado.
3. Estabelecer o controle sobre o processo: O produto é o resultado final de um processo, assim poderemos controlar o produto se tivermos controle sobre as entradas(inputs) do processo. É vital para termos o controle do processo que tenhamos o controle sobre os parâmetros de entrada (exemplo: configuração da máquina, temperatura do material, tempo de processamento, e outros). Se não existir controle sobre as entradas então o resultado sempre será imprevisível.
4. Analisar os dados do processo: Através de média, dispersão e desvio padrão obtemos a capabilidade e é importante que estes itens sejam determinados utilizando-se dados coletados de uma situação de processo normal. Existem técnicas de análise para identificar distribuições fora do normal e assim evitaremos erros de julgamento com os números encontrados.
5. Analisar as fontes de variação: esta etapa consiste em determinar quais entradas do processo estão produzindo a variação encontrada. Através de testes aliados a experiência da equipe identificamos as fontes e implementamos melhorias que eliminem ou reduzam a variação.
6. Estabelecer um sistema de monitoramento de processo: Uma vez que o estudo de capabilidade demonstre que o processo é capaz, técnicas de controle de rotina devem ser implementadas para assegurar que o processo se mantenha estável.
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Até logo,
Marcelo Borges Brazão Lean Six Sigma Black Belt
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